quinta-feira, 7 de abril de 2011

Negros sofrem mais com o bullying ,

De acordo com a pesquisa a freqüência desta prática tem sido maior nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do País e tem um envolvimento maior de estudantes de 11 a 15 anos de idade. 70% dos estudantes responderam ter presenciado cenas de agressões entre colegas, enquanto que 30% deles declararam ter vivenciado ao menos uma situação violenta. O porcentual de vítimas de bullying é maior entre os garotos (12,5%), sofrendo agressões com frequência maior a três vezes, no ano.
Atualmente, com maior envolvimento dos jovens nas redes sociais e maior utilização de aparelhos celulares, o bullying se ramificou também para este universo eletrônico, sendo chamado então de ciberbullying.
O ciberbullying garante o anonimato dos agressores e a dimensão pode ser estratosférica. Isto porque, um material postado na internet pode ser reproduzido por outros internautas inúmeras vezes. Pesquisa realizada em 2008 pela ONG SaferNet, que busca a proteção aos direitos humanos, com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying.
Quanto ao celular, segundo pesquisa da Universidade de Navarra, na Espanha, em parceria com a Fundação Telefônica, 8,4% dos 4.205 estudantes brasileiros de 6 a 18 anos afirmaram, em 2008, que já haviam usado o celular para ofender alguém.
Como o cyberbullying leva as agressões para o mundo virtual, a exposição de quem é ridicularizado é imensurável. Para conter os crimes do ciberbullying, a SaferNet Brasil em parceria com o Ministério Público e a polícia federal criou um canal de denúncias contra crimes na internet: www.denuncie.org.br.
Negros e o Bullying:
De acordo com a pesquisa sobre preconceito e discriminação no ambiente escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas econômicas (Fipe), a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), negros, pobres e homossexuais estão entre as principais vítimas de agressões físicas, acusações injustas e humilhações nas escolas públicas.
Segundo a pesquisa o bullying contra negros chega a 19% dos casos. A pesquisa ouviu cerca de 10,5% dos 18.599 alunos, pais, diretores, professores e funcionários de 501 escolas públicas do país, entre Outubro e Novembro de 2009.
A edição 31 da revista Afirmativa Plural já tratava destas questões, denunciando que os prejuízos emocionais causados às vitimas vão da queda da auto-estima à depressão, pensamentos de vingança, suicídio e uso de drogas.
A peça “Blecaute”, em cartaz no Teatro Cultura Inglesa, até o dia 25 de Abril, com entrada gratuita, conta a história de Tiago, um adolescente, vítima de “bullying” que devido às agressões sofridas acaba se envolvendo com a marginalidade.
Os casos de bullying têm aumentado tanto no país, que não têm sido poucas as matérias tratando do assunto. Inclusive dando dicas aos pais de como perceber quando o filho esta sofrendo este tipo de agressão.
Punição
Pais de menores de idade que postam na internet vídeos ou fotos de colegas sendo ridicularizados podem ser responsabilizados criminalmente. As crianças também respondem pela agressão, considerada ato infracional pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Como punição, podem ter de cumprir medidas socioeducativas. O mesmo vale para quem cria sites ou comunidades com esse fim. Se a agressão partir de um computador da escola, a instituição também pode responder pelo crime se não fizer nada a respeito.


 senas do seriado ''Todo Mundo Odeia o Cris''
que mostra perfeitamente o bullying.


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